Pular para o conteúdo principal

Postagens

COM APOIO DA JUVENTUDE PERIFÉRICA, EDUCADORA SOCIAL NEGRA PLEITEIA PREFEITURA DE BELÉM

A eleição de Wellinta Macedo vai mudar o cenário político e social de Belém do Pará, com a proposta de uma gestão responsável, transparente e democrática, atenta à demandas das classes exploradas e excluídas. Uma simples olhada na sua minibiografia política, social e cultural revela que Wel – como é carinhosamente conhecida – vai fazer a diferença nestas eleições. Mãe- solo, tem dois filhos, Ernesto e Leon, ambos estudantes de escola pública, esta mulher negra, periférica, é educadora social, jornalista, crítica e atriz, além de militante dos movimentos de mulheres e movimentos negros e culturais. Ela milita há 17 anos no PSTU, tendo colocado seu nome à disposição do partido em duas campanhas, tendo sido candidata à vereadora, em 2016, e à deputada Federal, em 2022. No Movimento Negro, constrói o Quilombo Raça e Classe Nacional, sendo que, desde 2013, realiza a Marcha da Periferia, em alusão ao Novembro Negro na Terra Firme. Ela também participa de rodas de conversas, mesas
Postagens recentes

SAUDADE DE GAZA

Jamais esquecerei as vezes que íamos à Missa, Dona Josefa e eu, e a gente pela quarta Rua, descendo, em direção à Paróquia de São Jorge,, ao lado da feira da Marambaia, com os galhos de plantas que levávamos, e até recolhendo outros que pegávamos, juntando-nos a outras pessoas, algumas anônimas, nem sabíamos quem eram, outras, conhecidas da Dona Zinha, que seguia ora ao meu lado ora à frente, sempre altiva, isso, desde quando tinha eu uns treze, quatorze anos, repetindo-se esta andança até a minha maturidade,  quando já nem morava mais na casa dos pais, mas combinava de chegar de manhãzinha e até amanhecido, só pra ir à Paróquia de São Jorge, onde  Mamãe entoava cantos e louvores tão lindos que eu me emocionava e chorava. Talvez seja por isso que, algumas vezes choro, quando vou à Missa, eu que hoje professo minha afroreligiosidade híbrida, quase indígena a partir de uma intuição ancestral e espiritual pessoal, cujo caminho de retorno ainda percorro. Mamãe não se cansava de narrar a en

Funtelpa assedia, desorienta, pune e não paga prêmio da Lei Paulo Gustavo

  Com base na LEI DA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA e LEI DE IMPRENSA, eu , Francisco Weyl, legítimo premiado pelo Edital da LEI EMERGENCIAL Paulo Gustavo - de Licenciamento Funtelpa/SECULT/Governo do Pará/MINC-Governo Federal, venho por este instrumento solicitar à FUNTELPA esclarecimentos de assuntos relacionados ao referido Edital e que estão abaixo indicados, em razão de um rol de denúncias contra a gestão deste Edital, pelo qual foram prejudicados os premiados. Assim sendo, com base na Lei de Imprensa e na Lei da Transparência Pública, venho por este Instrumento solicitar: 1)       Toda documentação relativa ao encaminhamento do Edital Licenciamento LEI PAULO GUSTAVO, desde o Edital; 2)       Os recursos, as respostas aos recursos; 3)       Os critérios de avaliações e as avaliações de cada uma das obras; 4)       A lista de pessoas responsáveis pela avaliação das 0bras; 5)       Quantos servidores foram nomeados para as tratativas deste Edital, seja para atuar na gestão admini

Ainda estou me devendo um filme sobre a Tia Cirene

  Hoje minha Tia Cirene Maria da Silva Guedes faria aniversário se não tivesse nos deixado logo depois de lançar seu único livro de poemas, cuja história narrei em uma crônica publicada em meu blog. Nem lembrava do aniversário dela, foi minha irmã Raimunda Weyl que postou uma foto da titia no grupo da família. Aiinda estou me devendo um filme sobre a Tia Cirene, os espólios que estão arquivados numa caixa de papelão aqui em casa, documentos, fotos, objetos tradutores de memórias, que evocam afetos de nossa ancestralidade (e eu filmei o velório dela, "Um minuto de silêncio pela poesia", e fiz uma fala sobre ela num curta metragem realizado por jovens da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, dois projetos audiovisuais que circulam no Youtube). Mas este filme, ainda quero fazer, um sonho, materializar o filme da titia, vai rolar, eu sei, porque tb a arte acontece quando intencionamos e nesta tensão entre sonhar e realizar há um processo que nem sempre depende de nós, porque,

Incêndio destrói trator que servia à agricultura familiar no Quilombo do Torres

A comunidade do quilombo do Torre, Município de Tracuateua, quer saber as causas de um incêndio que aconteceu na noite de quarta-feira (14/11) e que destruiu o trator usado na agricultura de subsistência das famílias que moram e trabalham no local. Além do trator, o sinistro danificou parte do telhado do barracão da Associação de Remanescentes de Quilombolas da Comunidade do Torres (ARQUIT), que completou um ano de reforma nesta madrugada do incêndio. A comunidade ainda conseguiu abafar o fogo, ninguém está ferido, mas as pessoas estão abaladas com o que aconteceu. O presidente da associação registrou Boletim de Ocorrência, espera-se a perícia técnica da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, A vista técnica para vistoriar a estrutura do barracão da ARQUIT e o trator da comunidade deve ocorrer nesta sexta-feira, 16 de Novembro. A comunidade está ansiosa para saber as causas do sinistro, se foi acidental ou criminoso, nenhuma das possibilidades estão descartadas. Mas enquanto as autorid

Fórum COP30 da Marambaia realizará primeira reunião na Gleba 1

A comunidade do bairro da Marambaia toma para si as rédeas dialógicas sobre as questões climáticas ambientais que têm sido pautadas pelas diversas nações assinantes da Convenção-Quadro da ONU sobre mudança climática. Avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta implica também RE-conhecer e respeitar as realidades locais como estratégia Amazônica sobre mudança climática. Mais que estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera que constitui grande ameaça climática planetária, a Marambaia quer desenvolver metodologias alternativas de participação popular neste processo. A Marambaia é um dos bairros mais arborizados de Belém, em razão da sua privilegiada localização, com florestas, rios, igarapés, canais, além das dezenas de praças dos conjuntos habitacionais edificados no bairro. As diversas estruturas hoje existentes na comunidade resultam de lutas populares por melhores condições de vida e trabalho com dignidade, do mesmo modo, a pujante cena cultural local reflet

MANIFESTO PELO VALOR PERIFÉRICO

  MANIFESTO PELO VALOR PERIFÉRICO   A Arte não é um espelho para refletir o Mundo, mas um martelo para forjá-lo. (Vladimir Maiakovski)   Nós, artistas, produtores, técnicos, professores, pesquisadores, trabalhadores e amantes das artes e das culturas amazônidas e paraoaras, vivemos, trabalhamos e produzimos nas periferias, somos vitimas constante da ação violenta da policia. Aqui o buraco é mais em baixo, a polícia mata!   Nesse sentido, denunciamos a politica de extermínio da juventude da periferia de Belém pela Policia do Estado, e em especial a Negra, razão pela qual entendemos que é necessário clamar e propor políticas culturais para a juventude da periferia. Exigimos uma politica cultural inclusiva para que possamos nos expressar perante o mundo e desta forma nos realizar enquanto seres: que as vozes irmanadas gritem por teatros, salas de cinema, espaços de multiuso, cursos profissionalizantes, editais específicos. Na PERIFERIA.   (...)   Um movimento de ar

Ciclo de exibições de filmes para saudar criador do Cinema Novo na Amazônia será lançado dia 22 de Agosto

Reza a lenda que Glauber Rocha profetizou a própria morte. Quando tinha 24 anos, ele disse que morreria aos 42. E assim aconteceu. Nasceu sob o signo de peixes em Vitória da Conquista, Bahia (14.3.1939),  faleceu no Rio de Janeiro (22.8 1981). 42 anos após a morte deste profeta visionário, criador do cinema novo, dois realizadores e pesquisadores paraenses – Mateus Moura e Carpinteiro de Poesia (PPGARTES/UFPa) retomam velhas parcerias para reverenciar a obra de Glauber. A proposta é uma revisão crítica de parte da obra mais ostracizada de Glauber, sua fase final, mais subversiva, experimental e incompreendida. O Ciclo terá quatro sessões, com filmes de GR, antecedidos de obras de autores e autoras paraenses que se relacionam com as linguagens e mensagens experimentais glauberianas. Cineclubistas militantes e artistas comprometidos com as causas de seus tempos, Mateus (CINE CURAU) e Francisco (AMAZONAS DOURO) abrem o "Ciclo Glauberiano A idade da morte”. com uma ação no Merca

Marambaia pauta demandas sociais, econômicas, culturais e ambientais à COP30

No rasto dos Diálogos Amazônicos e da Cúpula dos Povos, o bairro da Marambaia propõe articular a comunidade para os debates globais a respeito das questões ambientais, climáticas, amazônicas. O lançamento do Fórum terá a participação de poetas e artistas e professores e profissionais liberais e trabalhadoras e trabalhadores e ativistas da Marambaia que participarão da II Feira do Licro Artesanal da Amazônia, projeto do poeta e professor Clei Sousa e Drika (Sarau do Recomeço). Confirmaram presença Telma Saraiva-Minc/Pa; Auda Piani-CASA DO Artista; Paulo Cohen-Central de Movimentos Populares; e Francisco Weyl – POMAR/Livre Associação de Poetas da Marambaia, Mãe Ghys de Nanã e   Professor Wilson (Daent/Conselho de Cultura) O Fórum nasce com um mascote, o Capitão Açaí, um antropofágico anti-herói preguiçoso que desafia a lógica com irreverência criativa no traço do criador do personagem, o cartunista Ronaldo Rony Ronaldo Rodrigues, cuja décima primeira edição da revista será lançada

Pela construção do OBSERVATÓRIO & FESTIVAL DOS FESTIVAIS DE CINEMA DA AMAZÔNIA PARAENSE

Estamos juntos, mas nem sempre misturados, porque somos diferenciados em nossas pautas e nos encaminhamentos com relação ao confronto com o mercado. Há muitos debates importantes ao movimento audiovisual da Amazônia Paraense. E o momento de aprofundarmos esta discussão, por exemplo, sobre políticas públicas audiovisuais, política de editais, a maioria voltados para fortalecer o cinema de mercado.  São políticas editais excludentes, conceitualistas, curatoriais, cheios de artimanhas contemporâneas que criam uma onda em favor de um tipo de arte, apagando e excluindo o que se produz fora deste eixo do mercado. E esta questão se coloca como um divisor de águas. Quanto de dinheiro tem para o cinema da Amazônia?  E quanto deste dinheiro vai financiar o cinema de mercado>? Quanto vai ter de dinheiro para quem não é empresário do cinema e do audiovisual? Para quem cria e faz cinema comunitário, nas periferias e comunidades tradicionais e quilombolas e indígenas, cinema nos movimentos sociai